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Foto: Mariana de Carvalho. Oxford, Abril 2010

Oscar Wilde

Oscar Wilde de Hoje (e Sempre)

"a man who moralizes is usually a hypocrite, and a woman who moralizes is invariably plain"

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fantasia e Realidade

Onde realmente termina uma e começa a outra? Excesso de lucidez impede a transformação da realidade? Se formos realmente “realistas”, teremos forças para mudar nossa vida? Será mesmo que “where there is a will, there is a way”? Onde a determinação começa a se tornar teimosia? Como fica o enfrentamento das condições objetivas, já que não escolhemos a cor da nossa pele, nem como fomos educados na infância?

Por outro lado, temos a “profecia auto-realizável”. Algumas pessoas, por exemplo, têm o dom de se fingirem com mais qualidades ou importância do que realmente têm; e com tempo e malícia convencem os outros e são tratadas de acordo. Vítimas de estelionatários e sociopatas sabem o que digo...

Mas e as pessoas normais: podemos também transformar nossos objetivos em profecias auto-realizáveis? Ou devemos ser fatalistas e dizer “o mundo é assim mesmo”? Vale continuar pensando que “um outro mundo é possível, vamos construí-lo”? E se a realidade se recusa a ser transformada, o sonhador está errado em perseverar? Até quando? Onde é o momento de inflexão, de jogar a toalha? E a paixão, esta grande fantasia afetiva, na qual vemos o ser amado sem defeitos ou atenuados? Devemos ser lúcidos e lógicos e com isso perder a capacidade de nos apaixonar? E qual a graça da vida sem paixão? Qual a graça da vida se não formos em busca de nossos sonhos?

Afinal, será que estou fazendo as perguntas certas?