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Foto: Mariana de Carvalho. Oxford, Abril 2010

Oscar Wilde

Oscar Wilde de Hoje (e Sempre)

"a man who moralizes is usually a hypocrite, and a woman who moralizes is invariably plain"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pessoinhas

Há pessoas que convém evitar.  Nossas mães sempre nos avisaram sobre eles, mas normalmente acabamos sob sua má influência, pois estamos próximos a eles no trabalho e na família. Às vezes até chegamos perto, pois eles têm lá suas qualidades que nos atraem. Afinal, ninguém é totalmente ruim.

São os famosos “vampiros”, aqueles que a gente convive normal e inadvertidamente, mas com o tempo nos consomem a energia vital, através de pequenos gestos do cotidiano que minam nosso bem-estar. E quase sempre nem percebemos a fonte do Mal.

São eles:

- Os fúteis, pois pessoas vazias não têm alma, e querem tomar a dos outros;
- os superficiais, pois só vêem, não olham; e fingem viver, amar, sofrer;
- Os desdenhosos, pois humilham os outros para se sentir grandes;
- Os levianos, pois não respeitam os sentimentos dos outros;
- Os egoístas, pois as sementes ali plantadas não frutificam;
- Os medrosos, pois negam o próprio desejo;
- Os mesquinhos, pois recusam o desejo do outro;
- Os vingativos, pois eternizam o ódio;
- Os infantis, pois querem só receber e nunca dar;
- Os competitivos, pois acham que só ganham quando os outros perdem;
- Os manipuladores, pois têm prazer em jogar com os sentimentos dos outros.

domingo, 11 de abril de 2010

Pergunta de Gente Jovem

Fui perguntado por uma garota dos seus 20 e alguma coisa, qual a conclusão, nos meus 42, de se ter lido tantos livros e ter essa cultura toda. Fiquei aturdido com a simplicidade e ao mesmo tempo com a envergadura da pergunta, ainda mais feita na calçada de um boteco sábado à noite. Falei algumas vaguedades professorais que logo a decepcionaram e outros assuntos rapidamente já interessavam...a ela. Pois eu fiquei pensando.

Pensei que nunca tinha refletido sobre isso, pois esta sede sempre existiu em mim, desde sempre. Sede de saber e sede de aprender. Pensei mais um pouco e me esclareci que buscar cultura está relacionado a conhecimento, arte, gosto, curiosidade. É uma maneira de refinar o gosto, de apreciar melhor a arte e entender mais sobre a vida.

E percebi que tentar ser culto é importante para conhecermos: mais de nós mesmos, mais das pessoas à nossa volta, mais da sociedade em que vivemos. E para desenvolvermos nossa própria opinião. E para estimularmos nossa mente com desafios, interpretações, possibilidades outras. Mas a cultura também traz prazer estético, sensorial, que se adquire e se desenvolve. E é uma forma de experimentar e vivenciar o mundo, e tornar o seu desfrute uma experiência mais rica, complexa e intensa.

O conhecimento e a estética dão poder e dão prazer; poder de saber, de conhecer. E prazer de ver o mundo de diversos modos e não um só. Saber pelo saber, sem utilidade, apenas para satisfazer a curiosidade de como as coisas funcionam. E prazer de viajar por outros mundos, de experimentar outras vivências, de incorporar em si mesmo as experiências de outras gentes e outras culturas.

Pensei nisso tudo muito rápido (ou muito demorado, não sei). Então despertei e percebi que a conversa já estava em marcas de cerveja. Interrompi-os e disse a ela:

“Voltando à sua pergunta, adquirir cultura é buscar conhecimento, e esta busca não tem fim. Além disso, gosto de supor que estou no meio da minha trajetória de vida e por isso, não vou concluir nada justo agora, aos 42 do primeiro tempo”.

domingo, 4 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

El Conocimiento Poetico

Si conocer alguna cosa supone siempre participar de ella en alguna forma, aprehenderla, el conocimiento poetico se desinteresa considerablemente de los aspectos conceptuales (...) de la cosa y procede por irupción, por asalto e ingreso afectivo a la cosa.
Júlio Cortázar